Rua Rio de Janeiro à Tarde

"Pela rua que tem o tom

verde eu ando,

verde eu quero,

verde eu amo.

Eu ando e olho,

sinto o cheiro,

e atiro à esmo

mesmo

quando as luminárias

espantem o clarão da noite

e transformam o escuro

em morte

no cemitério perto de minha casa.

Em meus olhos faço verde,

blue azul cor de piscina,

e vermelho vivo,

sangue vertido do coração de quem ama.

Bebo, choro,

canto e brinco;

mundo, desnudo,

acabo mudo;

o fim da rua não é o fim

do mundo

se ainda vejo de um tudo

e nada me comove mais

que seu olhar.

Afinal,

estou cansado de brincar

de sol e chuva com você."

Que essa seja minha singela homenagem à cidade de Londrina, que me acolheu há tão pouco tempo e que eu gosto tanto de viver!

Diego Filipe Araujo Alcântara
Enviado por Diego Filipe Araujo Alcântara em 30/04/2006
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