Chi sei tu?

Que ser é este?

Tão altivo

e de semblante da Renascença.

Que anjo é este?

Que transpassa a fumaça;

que em meus olhos,

ergue a poeira.

Perfeito! Sim!

Teu corpo,

teus olhos.

Teus 7 sentidos,

em mim,

sentidos e serenos.

Me corta este

olhar de medo.

Do pavor do perfume

de meu suor,

que em tuas narinas

tão corretas,

invade puro e pedinte.

Ouve minhas palavras fáceis.

Escuta meu tolo coração.

Sente o gosto no contato

tão pedido em meus sonhos.

Toque teu cabelo.

Aí, percebo tua face.

Sim, és bela mesmo.

Tanto que,

pedindo a esmo -

no embalo dos desejos -

sou mais ti

que qualquer coisa.

Te desejei antes do pulo

no abismo em que caí.

Mas de lá ressurgi,

como a Fênix

das cinzas

de um amor ingênuo.

Ora, olhe-me sem terror

ou sem repúdio.

Deseje-me um instante.

Pinte-me em tua vida.

Sou o azul de teu mar

e o castanho em teu olhar.

Sou os contornos falhos,

di una Gioconda brutta.

Sou tudo o que temes

e és aquilo que necessito:

beijos com sabor

de fruta mordida.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 12/03/2009
Código do texto: T1482332
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