Flor Mulher

Não há na terra,

Na lua ou em qualquer parte dessa imensidão,

Luz maior nascida da escuridão.

Nesse exato momento,

Mesmo com tanto tormento

Manchando a nação.

Se pensar em tudo,

Se falar amor, inquestionavelmente ela é perdão.

Se olhos a vislumbrarem maliciosamente como pecado,

Não pode ser, se não, a mais pura sedução.

Mesmo entre erros e acertos,

Falar desse laço meigo,

Ápice da obra divina,

É se encantar com a perfeição.

Não podia ser se não,

O único germe,

Que desenha na alma humana um coração.

Sinônimo arguto de superação.

Que traz sempre no ventre a esperança de uma população,

Não devia nunca ser uma submissão.

Mesmo sendo senhora...

De repente chora,

De repente ri,

Corta a dor na carne,

Morre sem se despedir

E renasce ao amanhecer.

Que ao longo da história,

Reclama, cuida, luta, vence, perde, cria,

Ama e ama eternamente.

Esse ser inexplicavelmente diferente,

Só podia ser você.

Essa flor, essa fera;

Essa arte, esse contraste,

Harmonia de sonho e paixão.

Se não me engano a essência de um corpo sistema.

Se há o que questionar,

Se há o que revogar,

Por favor, apague a existência,

Pois que, qual seria o nome da poesia?

Qual seria, em toda essa vida, o meu sentido?...

O teor da paz e da alegria?

Hoje, se fosse dormir a morte,

De toda a sorte,não queria partir,

Sem antes conhecer esse anjo,

As vezes demônio.

Pois que, se nessa vida passar um homem

Sem ao menos levar na lembranaça um carinho dessas mãos,

Tarde já lhe veio a morte, pois que, nesse mundo cão,

Jamais ele se fez existido.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 16/03/2009
Reeditado em 25/04/2009
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