MARIA
Maria, Maria!
Quem te fez mulher?
Não se sabe o dia,
nem se foi José!
Ouvi que o culpado
dos “deslizes” teus
é o puro e sagrado
Espírito de Deus.
Não deixes guardado,
pois se faz mister
expor o “culpado”
se não foi José.
Em cofre divino
não durma oculto,
sobre o grã menino
–– do teu ventre, o fruto ––
relato veraz
que, um dia perdido,
renasceu torcido
propondo alegria.
Maria, Maria!
Quem te fez mulher?
Mostra o felizardo
se não foi José!