Eu outrem
Devo lhe dizer
O que ainda não ouvi,
Quero que veja
O que se faz invisível aos meus olhos.
Espero que sinta
Tudo que eu não posso,
Espero que não finja,
Assim como eu o fiz
Quero que viva
Tudo que eu não experimentei.
Quando partir
Que você me tenha em sua memória.
Que não chores
Apenas lembre das coisas boas...
Das palhaçadas e gargalhadas,
Dos porres e baladas.
Madrugadas e madrugadas
Em que, assim como hoje, não pertenciamos a ninguém,
A ninguém que não nós mesmos
Por mais que não soubessemos.