o sangue a correr

Não há engano com a morte, é esse corredor vazio

vestido de negro, fazemos mistério dessa ignorância,

esse retrato barroco do medo é a morte, em trocados,

construído do preconceito, a morte devia chamar-se pergunta.

Ao corredor, silêncio, medo. Não há engano, é aquela resposta que tenho

na mão fechada do poema, para quando chegar a pergunta.

Posso continuar a vida, o sangue a correr.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 04/05/2006
Código do texto: T150055