Ausência

Sei que não é o fim

Nem similar ao começo

É o meio de mim

A parte que às vezes esqueço

Depende de mim a parte bruta

Que se esconde no interior da gruta

Se tornar o mais belo diamante

Ser belo por todo instante

Um ode à parte que odeio,

Ou melhor, que desprezo

A parte que sem avisar veio

E que para não esquece-la rezo

Falta o que em mim, então?

Uma bela vida, uma rosa?

Não a rosa, mas o botão

Que é da planta a parte imperiosa.

O que existia em mim esvaiu

Tu que me sentias partiu

Daí, ninguém mais veio

Ainda falta em mim, o meu meio

Gustavo Chaves
Enviado por Gustavo Chaves em 04/05/2006
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