Imaginário do Mar

De início ondas rebentam sob meus pés

Refrescando tanto quanto seduzindo

Conduzindo-me aos poucos para mar aberto

É certo que aos poucos muda-se o “viés”

A água agora, vai me engolindo

E o corpo lasso queda-se encoberto

Súbita alegria envolve minha alma

Atiro-me confiante sob as águas

Num arabesco quase engraçado

Naquele instante saboreio a calma

Que em meu peito deságua

Sentindo-o livre e desembaraçado

Sem saber toco o inatingível portentoso

Posto que nas profundezas do Mar

Encontra-se infinita magia

Navegante deslumbrado e curioso

Entrego-me sem medo de explorar

Inda que subjugada por atípica afrasia

Estranho silêncio no oceano se faz notar

Onde a vida se impulsiona imersa e latente

Como a tecer com paciência o dia a dia

Identifico-me com este universo singular

Que se mostra objetivo e transparente

Fonte infinita da mais pura energia!

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 26/03/2009
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