Não deixem passar esta hora

Não deixem passar esta hora

sem olhar para trás,

sem celebrar o pulsar quente

das artérias, façam uma paragem

no movimento dos olhos, deixem de ler o poema,

fixem o silêncio das mãos, agora,

não acontece outra vez.

esse mar infinitamente pequeno e suave,

são vocês mesmo, flutuando num verbo.

Curiosamente voltam a ler o poema.

Estou certo que isso é realmente importante.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 05/05/2006
Código do texto: T150993