LUBRICAMENTE

Ergo-te o ser

- como taça -,

no voo que fazes

ao pico do Everest,

ou que seja ao vértice

do Himalaia,

em cavalgada.

Tuas tetas mais altivas

que os zênites

daqueles montes

resultam do gume

voraz e afiado,

que meus olhos

te aguçam.

E aí, no ápice

acutíssimo dos teus seios,

eu caio e me finco:

pedra, fogo, raiz,

lâmina, petardo,

espicaçando

e triturando

e fritando,

com lubricidade,

os teus mamilos.

Depois,

a geografia do gozo

tripudia,

no leito suave

do teu e do meu

vir-a-ser

- depois.

Fort., 28/03/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 28/03/2009
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