TRANSFORMAÇÃO

Eu vejo tudo a rolar

No céu um relampejar

Ouço pessoas a gritar

Um turbilhão sem par.

O céu agora é negrume.

O vento forte a sibilar.

Ondas enormes surgem;

O mar põe-se a encrespar.

Edifícios não mais de pé.

É a maior balburdia

Parece o mundo gira, até.

A mais triste das lamúrias.

Corpos que se misturam,

Entijucados na lama.

Almas que se tortuam

Formando dantesco drama.

Os tempos chegaram.

Poucos os que ouviram.

Os céus avisos lançaram...

Os corações nada sentiram.

Agora nesse turbilhão,

As desgraças e mortes sem conta.

Um a um em procissão

As mãos postas, ao céu apontam.

Agora tudo é tristeza,

Sem nada poder fazer.

Um murchar de incertezas

Sem poder nada dizer.

Por quantos em oração ficaram,

Pedindo a Deus perdão.

Preces que se elevaram,

Envolvendo a criação.

Estes o céu separaram

Como na Biblia se lê.

Ovelhas d'um lado ficaram;

P'ra glória de Deus enaltecer.

Assim como o trigo

Que se faz o pão

O joio sem mais abrigo

Um triste fim, desilusão.

Estas a história que conto

Que do santo livro li.

Veio-me na mente em estalo.

E assim escrevi.

Por isso, se você

Nesse roldão não quer entrar;

Coloque-se em oração ao Mestre.

Em silêncio fique a meditar.

Este é o fim da jornada

P'ra surgir novo porvir.

Não mais almas penadas.

Mas, um novo luzir a surgir.

Um luzir de Nova Era

Que as Bençãos de Deus nos traz.

Na evolução da Terra

Tudo é luz, harmonia, amor e paz.