resistência
Eu que já nasci
e morri
Despretenciosamente
Tantas vezes
Olho a minha mãe
e o meu pai
E eu os vejo tristes
Eles não vêem saída!
Não sabem
voltar atrás
mudar a direção
Eles não sabem!
Estão paralisados!
Medo da morte
Medo do depois da morte
Pânico!
Eles e quase todos
Nascidos
Na mesma ninhada!
Quisera eu
tomá-los pela mão
Mostrar-lhes
a saída!
Saída!
Agora eu sei
Um poema é um grito!