até que a morte nos separe

O meu amor estranho por você

O seu estranho amor por mim

Não menos puro que outros

Nem menos pagão

que outros tantos

me acorda!

Vislumbro alguém que de longe fui eu

Rugas de expressão deixaram de ser sinais

São marcas

Céus!

Por onde estivemos todo esse tempo

O que não conseguimos entender

Tinhamos só o corpo

Cada um com o seu

Para cuidar

Para preservar

Sem tantos artifícios

Mórbidos!

O que fomos e estivemos

Se estamos tão parecidos

Loucos?

Estaremos loucos?

Será o fim?

Se é real

Não vivemos um sonho

Morremos num sonho

Demarcamos nossa estada

Brincando de guerra

Falando em paz

Quanto amor!

Uma vez que somos frutos

de um sonho

Deixamos os mesmos

às nossas crias

Até que a morte enfim

nos separe!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 03/04/2009
Reeditado em 22/10/2011
Código do texto: T1520852