quem dera...

Quem dera...

Quem dera ser Drummond;

E enxergar as pedras nos caminhos...

Quem dera ser Alves;

E libertar os escravos das humilhações...

Quem dera ser Isabel;

E acabar com as escravidões...

Quem dera ser Bandeira e lapidar corações brutos;

transformá-los em diamantes...

quem dera ser Souza e fazer o soneto da sonetividade;

brigar com Bilac para ver se impera mais profundamente

da mente a arte ou a sensibilidade...

Quem dera ser Meireles e deixar as tristezas naufragarem

Quem dera ser Dias e dizer que minha terra tem mais amores;

E que aqui o sabiá canta para espantar todas as dores...

Quem dera ser Medeiros e fazer strip-tease das palavras

Quem dera ser um imortal da ABL;

Quem sabe um dia com Quintana poetar, apertar a mão de Veríssimo

E participar da oficina literária com o mestre de todas as letras...

flavia freitas
Enviado por flavia freitas em 04/04/2009
Código do texto: T1522261