Poema 0276 - Errante

Como falar de fé, se ao menos fosse chuva

ou até tivesse algum calor?

Talvez eu precise de mais tempo, mais sonhos,

quem sabe uma canção de amor!

Poderia ser um coletor de paixões,

um presente para cada coração,

um ser quase indestrutível,

capaz de inventar carinhos e gestos bons.

Seria eu um poeta louco?

Ou apenas um apaixonado que anda vadio?

Quero ser a honra das juras dos amantes,

o som do vento na madrugada solitária.

Meu coração é como uma casa de quatro cantos,

um lado para cada sentimento, paixão,

ao lado da felicidade, amor, d'outro lado, solidão...

alternando cantos tento parar no centro da vida.

Qualquer noite celebro minha primavera,

ultrapasso as estações, paro o tempo,

recolho alguns pedaços que perdi pelo caminho

e grito: Liberdade! Liberdade de amar!

14/05/2005

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 06/05/2005
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