é preciso

é preciso tantas vezes

restaurar um tempo perdido

que o próprio tempo se encarregou de banir

por vezes a lembrança se esgota

e a saudade reclama...

assim restauro os sonhos vividos

e neles a desfilar: uma estação* amada pelo doce reencontro do amor distante

o abraço da alegria pelo calor dos corpos que juntos novamente estão

o passear silencioso pelas alamedas verdejantes e a contar, também, em intenso diálogo sutil e emudecido, as borboletas amarelas - nossas confidentes...

tudo é poesia e encanto quando se viveu e se vive um amor

o orvalho das madrugadas frias e calientes nos alimenta a alma

o brilho encantador dos pirilampos nas noites, quando o esplendor da lua se recolhe, nos fascina

o afeto deixado pelos gestos e toques suaves...

na face e nos lábios o doce sabor do néctar colhido...

ah! são tantos os sonhos sonhados e vividos!

*(de trem)

Margarida Di
Enviado por Margarida Di em 07/04/2009
Reeditado em 24/04/2009
Código do texto: T1526580
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