Pretendes desmatar minhas metáforas

Pretendes desmatar minhas metáforas. Pretendes e dizes a mim

que elas já não me servem de mais nada. Dizes que são bonitas

porém injustificáveis para a vida, esta premissa,

que me persegue. Desejas por tudo

desnudar a minha pele

aspéra a

minha matéria que digo agora

ser naturalmente

anti-semântica

Queres tu cobrir-me de mim, eu, que já sou descoberto em ti

mergulhado em ti,

em amor. Mal sabe

ó minha flor, bem sabe eu minha maravilha,

o quanto que já vou-me

derramando sutilmente

aos pouquinhos... sutilmente

aos pouquinhos...

Despejaria-me a um só golpe

Mas despejar-me-ia em pura mesóclise em

suja teoria]

Vis

metáforas a meus passos

Fariam de mim catastrófe

E tu me verias

turvo

como àquele por-do-sol cintilante

que te surgirias

desfolheando

o péssimo ator

que tem medo

da pena

sutilmente

cair,

antes de mim.

Parangolérico Kaloré Kerexu
Enviado por Parangolérico Kaloré Kerexu em 08/05/2006
Reeditado em 08/05/2006
Código do texto: T152750