Ida
Num difuso despertar
me curvo perante a vida
à espera da morte
Se vivo, faço-o meus
seus gestos e falas
cubro-me de negro
pois necessito não ver
não tocar
não sentir
não amar
Breve irei - de vez -
para o vazio do não sei
encontrar-me com ninguém
sob a terras de todos nós
Vou de mal com a vida
Vou de bem com o fim