Gelo na sua sopa

(com o punho enterrado na garganta

ouviu uma série de movimentos

que pareciam um tanto quanto sublevação'

erguendo as escovas de (dentes, e se embrulhando

em um edredom) bem limpinho)

era o fogo que queria rosa

era o verde que ardia fogo

cruz em brasa, flor odiosa

era a culpa em dobro,

devorando um gato

a garganta saltava frouxa

em um ímpeto frio de espasmo

enquanto a revolução queimava em sua janela:

NÓS SOMOS A TEMPESTADE!

Augusto Guimarães
Enviado por Augusto Guimarães em 09/05/2006
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