Aquele que se calou...

Que direi ao tempo se a luta deu em nada?

Estive em casa recluso e exilado da jornada?

Olharei os amigos estão mutilados e vencidos,

Guardam o brilho da vitória de ter resistido...

Sou o que se acovardou, estarei reconhecido...

Estarei banido pelos juízes da consciência

Não clamarei inocência, nem habitarei os justos

Apartado da convivência, esquecido, resignarei...

Ocultarei as raízes para suprimir vergonha

Evitarei opiniões, discussões e protestos

E nauseado na alma de um horror manifesto,

Cedendo cairei, ferido da própria peçonha...