Os tons singelos... Do apelo!

Disperssos os pensamentos...

Por isso mesmo, pegos de surpresa.

Por uma repentina tristeza.

Que monopoliza meu riso, por instantes...

Ao seu bel prazer... Mais teimoso, ele, o riso,

Não deixa de existir!

Luto para recuperar a grandeza,

Do segundo, aflito... mais bonito, sentido,

De tristeza... Captado pelo pensamento, desatento.

Disperso... Calendoscópio espelhado,

Numa gota de orvalho,

Em forma de lágrima, rolando solta,

Sem compromisso com o sentimento... com o momento,

Só rolando sem destino... Morrendo por consequência,

Na caverna doce da minha boca.

Disperso pensamento, lento...

Manipulado por uma quase angústia,

Que fere minha alma, sem porém correr perigo...

Que sorte!... De morte.

E meu riso, resisti por instinto,

Poeta que estou... Sofrida que sou!

E mesmo opaco no meu rosto,

Resgata a exência de sua existência...

A vida que pulsa, na sua missão inrrigativa,

Nos rasos, lagos, que serpeteiam meu frágil corpo.

Só uma nuança... Prelúdio porém,

De minha esperança... De mudança!

Acredito no novo, no germinar,

No desabrochar... Para cada falecimento de flor.

Abelhas fecundando jardins... em mim.

Dispersa... Tenho os sonhos banhados,

Pelos mares das desilusões,

Oceanos de dificuldades... Numa dança selvagem,

O ir e vir das águas da ilusão!

Impelidas pelo querer,

Tentadas no desistir de acontecer,

Mais nem por isso... Desistir!

Mais, mais dispersos,

Estão meus medos,

Espalhados em minha alma,

Combatidos pelas cores... Cores de vida,

Opacas as vezes, verdade...

Como esse riso que ensaio,

Quando nos braços da tristeza,

Meus sonhos embalo.

Dispenso meus medos,

E lanço meu navio.

Nas desconhecidas águas da existência.

Enfrento procelas... Pois sei que virá a bonança.

Pode tarda, mais avnça...

Na direção, de quem não desiste dos sonhos.

Dos corações que resistem, ao choque,

Perene das ondas... Com prazer de criança!

Vencer, mantendo o medo a distância.

Desbravando continentes, fronteiras,

Muito além desse sol poente... Indiferente.

Ao efeito que causa na gente!

Está triste... Contente,

Obscuro os segredos da minha mente.

Escolho uma cor então... Escarlate, cor da paixão.

E revisto então meu coração,

E me doou em botão... Ao nascer de cada emoção!

Afinal, o amor varia o tom... e eu não fujo,

Adoro admirar aquarelas!

E o degradê, depende de você... De mim.

Salvo então, meus desalentos pensamentos,

E não deixo passarem por tela branca.

Revisto de cores, tons que sobram,

De minha andanças...

Nos solos férteis alheios,

Colhendo flores e cores... e tinjindo meus pálidos momentos.

Aproveitando o inerte em mim,

No exato instante da contemplação... De ti.

Observadora
Enviado por Observadora em 09/05/2006
Reeditado em 09/05/2006
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