VÁRIAS DE MIM

Sou várias, em várias de mim...

Porque só a vida não me basta

Atriz em um palco sem fim

Tento mostrar minha raça.

Tem horas que sou como rocha

Uma matéria impenetrável...

Outras, fico tão frágil

Toda eu sou maleável!

Em permanente conflito

Vivo nesse labirinto

Às vezes, solto meu grito

Quando não sou o que sinto.

Mas quando fico nervosa

Mostro como estou carente

Tal como uma pétala de rosa

Em mão inconsequente.

A poesia é remédio que me acalma!

Vou-me despindo nos poemas

E desnudando a minha alma

Deixo aflorar minhas penas.

Escrevo-me para espantar a dor

As palavras ficam presas na garganta

Escrevo para falar do amor

Recordações do passado que me acalanta.

E nessas várias sem fim

Tenho a alma como o vento:

- Serena... rebelde ou branda –

E a chama de Deus que crepita em mim

É a única que me comanda!

By@

Anna D'Castro

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 10/05/2006
Reeditado em 08/12/2014
Código do texto: T153468
Classificação de conteúdo: seguro
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