ENQUANTO ISSO... LÁ NA ROÇA

Carambola colhida no pé

Pitomba, acerola

Grita o guiné lelé

Sai! Não amola!

Araçá, coco catolé

Alfenim puxado

Manga coité

Lagarto amuado

E Brincam José e Maria

De infância rica

De risos e cantos de cotovia

autêntica mesmo! à risca!!

Ali, na parede de sapê!

A arupempa afina a tapioca

Na mão que mexe as cadeiras

De pontinha de pé.

Canta o galo

Acordando a bicharada,

No alto de seu galho

De asa meio cansada

Fazendo a “Dona” arrastar o pé

Que vai devagarzinho

Ferver a água para o café

Espera coar e dá um golinho

O algodoeiro floriu!

Vai Maria! Tá na hora!

O sol raiou, “Cê num viu?”

Ou Mãe! Tem de ser agora!

Vai menina!

Senão o pau de sebo “fulora!”

Parece que é “fia” de Deusalina!

Mãe! Isso lá é hora!

Ora! Menina, isso é suborno!

Zé!! Acorda!

Ave mãe! Tá no torno!

Danado! Tu vai ver qual é a corda!

Ô “famía”

essa minha!

Pior que mofo na farinha

Esse meu “fio” e minha “fia”!