A DOÇURA DO SAL

Meu cigarro de palha

já não tem tanto cheiro.

E minha prudência

segue cambaleante

rogando aos santos

e aos deuses de todos os céus.

Meu barulhinho surdo

já não alcança

a copa das árvores

que floreiam

e abastecem o meu quintal.

mas eu creio nos deuses

na chama das velas

no doce do açucar

e no amargo do sal.