Pantera
Na indisfarçável transparência de meu ser
me entrego ao mundo sem máscaras,
nem fantasias.
Na luta para sobreviver
não me permito a hipocrisia.
Conheço a arte da atuação
mas a verdade me domina
e assim me mostro,
pura emoção,
tal como sou: felina!
Falo o que me vem em mente
até mesmo quando deveria calar...
Me entrego ao momento presente
demonstrando o que sinto
sem pensar...
No prazer de ser mulher,
experimento as mais diversas emoções
e mesmo quando enfraquecida,
sou forte, sou fera!
Não sou camaleoa,
sou Pantera!
Georgea Fontes
Obs.: Poesia especialmente criada para a Contenda Literária da Comunidade: Com que Verso Eu Vou? - Em antagonismo ao poema: Camaleão, do poeta Andrade Jorge.