Insanidade

Na solidão da noite os fantasmas me assombram

O suor alcoólico de trancas enferrujadas

Ultrapassa um coração atormentado

Vazio e fugaz

Peças metálicas atingem a aurora

De um dia nebuloso

O vazio que atormenta

O nada que consola

A inverdade de uma história detalhada

Versos e vozes que jamais existiram

Que jamais existirão

Velas e pingos mancham o altar

O fogo que incendeia a noite

A lucidez que alcança o anonimato

O sopro que sufoca a imensidão

Os rostos inúteis que surgem do nada

As vozes inúteis de noites insones

Gargalhadas anormais

Em noites normais

Figuras festejam o vazio

A noite que se faz permissiva

E vazia

Os sons que se vão, madrugada infame.

Angela Leite
Enviado por Angela Leite em 21/04/2009
Código do texto: T1551848
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