Insanidade
Na solidão da noite os fantasmas me assombram
O suor alcoólico de trancas enferrujadas
Ultrapassa um coração atormentado
Vazio e fugaz
Peças metálicas atingem a aurora
De um dia nebuloso
O vazio que atormenta
O nada que consola
A inverdade de uma história detalhada
Versos e vozes que jamais existiram
Que jamais existirão
Velas e pingos mancham o altar
O fogo que incendeia a noite
A lucidez que alcança o anonimato
O sopro que sufoca a imensidão
Os rostos inúteis que surgem do nada
As vozes inúteis de noites insones
Gargalhadas anormais
Em noites normais
Figuras festejam o vazio
A noite que se faz permissiva
E vazia
Os sons que se vão, madrugada infame.