ARTIGO

A sociedade quer ver para crer...

Não no céu como outrora;

Não no inferno como outrora,

Mas na veia pulsante da cidade.

Sem ainda matar a necessidade;

Sem ainda erradicar a pobreza e a desigualdade,

Mas mostrar aquela ação.

Aquela ação que a cada ano vai para o canto;

Que a cada ano se perde no pranto;

De uma sociedade sem controle.

Todos já estão cansados...

Insônia nos olhos;

Dor nas costa;

Fome, impunidade,

E calos nas mãos.

São tantos jeitinhos...

Lalau, Georgina, Najnaras,

Mensalões, Cartões de Créditos.

Seja em Belém, seja em São Paulo,

No Rio de Janeiro, no Espírito Santo,

Bahia ou Brasília, Macapá ou Rondônia,

Há corrupção e falta de vergonha.

Todos já estão cansados de assistir na tv;

De ler nas sangrias dos jornais.

A realidade é uma porta aberta,

Onde encontramos sem maiores esforços,

Crianças usando drogas, praticando pequenos furtos;

Meninas se prostituindo nas Universidades;

Militares vendendo armas dos quartéis;

Cantores se vendendo ao venderem músicas para desculturar.

Pais e filhos nas ruas por ignorância,

Por essa indiferença vendendo produtos piratas,

Pra dizer pra inércia pública e social,

Que se não se cuidar a miséria mata ou se alastra.

E como epidemias, marginais, nas esquinas matam sem parar.

A sociedade, para não se estressar faz de contas,

Que os bares se tornaram reserva de lugar...

Reclama-se tudo,

Mas a atitude, ainda é ficar dentro de casa,

Sem perder o sábado ou o domingo,

Com coisas de uma necessidade urbana.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 22/04/2009
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