AZUL DA SAUDADE

Observo o azul do céu

E me vejo nele.

Meu olhar acompanha

Nuvens que passam tomando formas...

Ainda as vejo com a mesma imaginação

Que via no passado.

Sinto a brisa leve que toca meu rosto,

Percebo não sentir o frescor dos sonhos...

Entendo com esperança

Esse céu azul que um dia emoldurou m’alma.

Agora, parte de mim é somente lembrança.

Claramente, vejo quem sou,

No céu,...

Que tem a poesia que outrora existia.

Mas a pureza de antes não mais me alcança.

Ainda tenho sensibilidade...

Transformando em saudades quem fui...

Aquela que o destino modificou.

(27.11.05 - Rio de Janeiro/RJ)