BEIJO EM PENUMBRA
Entre o espinho e a flor
Não se vislumbra
A pétala ferida.
A dor sentida
Cala-se no peito,
N’alma oculta.
Este beijo em penumbra
Queda-se na face
Em que já não se avulta
O brilho no olhar de que resulta.
É noite em mim, em ti.
Quase que inútil
À hora diminuta,
Finda a tarde que se enluta
E tece a noite o seu manto inconsútil.
Entre o espinho e a flor
Não se vislumbra
A pétala ferida.
A dor sentida
Cala-se no peito,
N’alma oculta.
Este beijo em penumbra
Queda-se na face
Em que já não se avulta
O brilho no olhar de que resulta.
É noite em mim, em ti.
Quase que inútil
À hora diminuta,
Finda a tarde que se enluta
E tece a noite o seu manto inconsútil.