AETHRAE AETERNITATIS

Ah, que se esvaiam os fantasmas que se me acercam neste canto!

Eles me sussurram ser possível haver céus de amor eterno

Quando amor é-me apenas resquícios de anseios - e todos eles meus!

Calai-vos, vozes de amor eterno! Eterno é apenas um adjetivo sem sentido.

E os pássaros engaiolados que o carregam como fardo inevitável

Inerente que é a todos os seres que possuem asas

Quebram-se-lhas, como eu, em insano vôo contra as grades.

Fazem então de suas penas novas asas

Levantando-se, agora em canto.

E soam, vozes fantasmas, em céus de amor eterno

onde jamais se lhes será permitido voar...

Dalva Agne Lynch Lynch
Enviado por Dalva Agne Lynch Lynch em 14/01/2005
Código do texto: T1567