Na desordem da minha natureza!
Adormecia na madrugada
As tormentas de areia
Em minhas Lembranças mais felizes
Podia-se escutar os gritos diáfanos
Das noites de brisa
No despertar de certa manhã.
A canção abria-se em flor
A medida que a montanha
Exalava sua fragrância
E incitava a saudação atrevida
Num beijo lânguido.
No espelho a tentação radiante
Cultivando em boleros favoritos
Inquietos e envelhecidos
Nos fundos do coração.
Tangível, estranha impressão
Banhada em lágrimas
Precisas da lua cheia
Reprimida no olhar controverso.
Da nostalgia às ânsias
Dividiram-se os ânimos
Virtude conciliadora
Da alma desconfiada
Obsessão transcorrida
Na desordem da minha natureza!