Na desordem da minha natureza!

Adormecia na madrugada

As tormentas de areia

Em minhas Lembranças mais felizes

Podia-se escutar os gritos diáfanos

Das noites de brisa

No despertar de certa manhã.

A canção abria-se em flor

A medida que a montanha

Exalava sua fragrância

E incitava a saudação atrevida

Num beijo lânguido.

No espelho a tentação radiante

Cultivando em boleros favoritos

Inquietos e envelhecidos

Nos fundos do coração.

Tangível, estranha impressão

Banhada em lágrimas

Precisas da lua cheia

Reprimida no olhar controverso.

Da nostalgia às ânsias

Dividiram-se os ânimos

Virtude conciliadora

Da alma desconfiada

Obsessão transcorrida

Na desordem da minha natureza!

Valter Queiroz
Enviado por Valter Queiroz em 15/05/2006
Código do texto: T156834
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