Caminhos

Cores são para colorir

Os olhos para adormecer

Morte

A boca para sorrir

O ouvido para ouvir

Que ouça a canção

quem ten nariz que exale e sinta

a solidão

quem tem cabeça use-a

tire o chapeu

Nao faz sol

Esta anoitecendo

O sol esta se pondo

não tem nenhuma criança nas ruas

os bares estão repletos

de ilusão...

Nem pássaros que esvoaçam

no infinito...

Nem asas do pássaro noturno

As mãos colam ao peito

O coração não sente as mãos

As mãos nao sentem o pulsar do

pulso e do coração

O corpo agora é arco-íris e luz

Ele anda sobre caminhos de silêncio e dor

E o amanhã é tão natural

que adormece

em teus pés

Sobre o gelo frio

da morte...

A lua adormece

O sol resplandece

O tempo fenece

Em Flor, em polém,

em lágrimas

Os dedos agora petrificados

Tocam a tua face pela última vez

E os olhos perseguem uma esperança inalcansável

E o dia se findou sobre um olhar solitário

Desfalecendo sobre os jornais

numa vaga sombra

sobre a janela do quarto...

poetadasletras
Enviado por poetadasletras em 16/05/2006
Código do texto: T157054