Circo de horrores
 
O ser dito "racional"
comete atrocidades
na maior tranquilidade.
 
No desequilíbrio ecológico
aumenta-se a lista
de bichos extintos,
ou ameaçados de tal
desrespeito.
 
Não satisfeito,
ele explora e descarta
animais de tração
ignorados em sua aflição,
cavalos, burros
mulas e jegues...
Entregues
à própria sorte
ou, 
são levados à morte.
 
Cãezinhos abandonados,
fiéis companheiros
de quem mesmo?
Do frio e da fome!
 
Nos laboratórios
impera o sofrimento,
em testes de cosméticos
e medicamentos.
 
Movido pela ganância
caça baleias e focas
tortura ursos e gansos...
Rouba a vida,
presas e chifres
do elefante
e do rinoceronte.
 
No tráfico,
mínimas "embalagens",
máxima insensatez;
feridos, famintos, sedentos...
Reduz os bichos a objetos,
quase a  metade
morre no trajeto.
 
Onde estão os algozes
diretos e indiretos?
 
Movido pelo egoísmo,
priva em gaiolas
a beleza do voo.
 
Na solidão do zoo,
estresse e desalento.
 
No circo
animais trabalham,
a dor é o salário!
O que resta?
Saudade da floresta.
 
Em “festas”
e “diversões"
simples e sofisticadas:
pescas e caçadas,
rinhas,
farras,
rodeios,
touradas...
Inarráveis maus tratos!
 
Estulto tirano,
o ego gigante aprisionou
o seu lado humano.
Levou à extinção
nobres sentimentos
do seu coração.
 
Exploração covarde,
a crueldade se passa
por coisa normal,
"cultural".
 
Barbárie legitimada,
a mídia celebra
a culinária cadáver,
para o lucro de poucos
e prejuízo geral;
devastação ambiental,
insustentabilidade.
 
Muito mais fácil
e saudável
seria ingerir
proteínas vegetais.
 
Animais,
criaturas sencientes,
almejam somente
existir em paz!
Isabel Campos
Enviado por Isabel Campos em 03/05/2009
Reeditado em 28/01/2016
Código do texto: T1573853
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