Poesia Juvenil

“Secrom” - diz um homem;

A profecia se anuncia.

Com suas garras selvagens,

os Anjos Caídos

procuram os marcados por Caim.

Os filhos da rebeldia;

arquitetos de todo o sonho.

Sedentos de Novo,

são feras arredias

que dilaceram as elites

e alimentam a fome de saber.

Vão de cara no muro

da mentira, repressão e televisão.

Se atacam e o muro

atacam; e caem; e se levantam.

Filhos bons

da herança vil.

Da inverdade que se canta

e do conto que se conta.

Mas é necessário crer

e preciso ver.

O queijo nos oferecem

na sexta básica e assistencialista.

A faca são as marolas

que agitam nossos tsunamis.

A paz e o amor,

que em nós vive,

se fundem

e se confundem,

mas são completa

e sã resposta.

Invadamos o hímen

impenetrante desta vagina fétida,

que teima em expelir

o que devemos beber.

Com seus lábios,

dizendo-nos o que ser,

o que fazer.

E com vulva, clitóris e suores,

nos alimenta fugaz desejo,

nos dando o que comer.

Ao penetrarmos, então,

ejacularemos o sêmen do Novo,

de sonhos, lutas e liberdade.

Em seu ventre

se dará a vida nova.

O consenso, o acordo,

o perdão, a irmandade.

Dará feto,

ser pulsante.

Dará a nós mesmos,

depois do banho;

de cara limpa.

De novo ao caminho.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 06/05/2009
Código do texto: T1578959
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