Noturno

Na boca da noite

Esboço um riso

Na face do dia

Fingo uma lágrima

E fujo de mim

Pra dentro de nós

Laços nos cortam

os pulsos

Enquanto o coração

diz que ama

No tempo em que o amor

se Esvai

Sempre que eu posso acordar

Fico deitado ouvindo

Pequenas coisas deste imenso

mundo...

E no silêncio de mim

Penetro surdamente no

eco de tua voz

Meus dedos estão feridos

No inconstante, delinear e fugaz

absurdo

E a metafora cospe-me a cara

A moeda mostra-me o outro lado

Um destino cigano

Pútreo e mortal

Revela-se Diante de mim

Cai em silêncio

Mudo e (i)real

Enquanto fazer um poema

É criar asas

Furtar Cores

Recriar sonhos e medos

Infinitamente meu

Em que as linguas roçam os

mares...

singra os olhares...

Os sonhos viajam pelas mãos do poeta

Este momento nunca fora tão unico para nós

Buscar os versos indecifraveis

é busca a morte

o olhar espelha a alma inquieta

E todas as formas se tornaram

Profundamente indecifravel

e o mistério apresentou-se ávido

E o corpo submerso

Subitamente se cala

porque a palavra nao tem fim

Fez-se o fim

de um tempo profundamente

Meu...

poetadasletras
Enviado por poetadasletras em 18/05/2006
Código do texto: T158249