Espera

Não chore mais.

Não me espere para o jantar.

Porque ficou difícil sair daqui.

E com certeza, quando eu chegar,

já estará sonolenta e mal-humorada.

Estou qui por acaso,

Por vontade,

Por desígnio divino.

Não sei ao certo.

Querida, não pense que tudo está errado.

Está até muito certo.

Está até no lugar.

Quando eu chegar,

E o dia amanhecer,

Me encontrará ao seu lado.

Me encontrará cansado,

Exausto.

Mas mesmo assim, espere.

Porque parte da vida é a espera.

Fazer o quê?

Não me culpe por tanta coisa.

Não me responsabilize,

Por caminhos tortos que a vida toma.

Eu vou chegar.

E quando chegar,

O inverno passará.....

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 18/05/2006
Código do texto: T158295