AMOR ABORTADO
Chegar é o mesmo
Que ir embora,
A quem chega
Celebra-se alegria,
A quem parte
É que se chora,
Tanto faz e tanto fez.
Agora conte a sua vez.
O tempo devora tudo
Em uma só agonia.
A natureza do amor
É ser presente.
O objeto nem sente,
Ou pressente o trajeto da dor.
E o amor é abortado
Em todas as suas possibilidades
Pelo medo.
Cedo alguém acena,
Adeus e até tarde
Alguém chora suas penas.
Dor encravada e lágrimas
Nos olhos seus.
Querer ser adolescente
Com as curvas da idade,
É uma ruga que não se sente,
Só se vê quando o tempo passa.
O furor de não ter sido
Quase cheira a maldade,
A realidade é um fato concreto,
Ou abstrato que acaba fazendo sua graça.
Por isso acorde,
O amor não fecha a porta.
Não inicie viagem de volta
Se o tempo avança
Pois há quem a abra
Para uma realidade mais morta.
Busque ser feliz,
Mesmo que a felicidade
Seja escrita a giz.
Inspirado em "Amor Abortado", de Kathleen Lessa
Chegar é o mesmo
Que ir embora,
A quem chega
Celebra-se alegria,
A quem parte
É que se chora,
Tanto faz e tanto fez.
Agora conte a sua vez.
O tempo devora tudo
Em uma só agonia.
A natureza do amor
É ser presente.
O objeto nem sente,
Ou pressente o trajeto da dor.
E o amor é abortado
Em todas as suas possibilidades
Pelo medo.
Cedo alguém acena,
Adeus e até tarde
Alguém chora suas penas.
Dor encravada e lágrimas
Nos olhos seus.
Querer ser adolescente
Com as curvas da idade,
É uma ruga que não se sente,
Só se vê quando o tempo passa.
O furor de não ter sido
Quase cheira a maldade,
A realidade é um fato concreto,
Ou abstrato que acaba fazendo sua graça.
Por isso acorde,
O amor não fecha a porta.
Não inicie viagem de volta
Se o tempo avança
Pois há quem a abra
Para uma realidade mais morta.
Busque ser feliz,
Mesmo que a felicidade
Seja escrita a giz.
Inspirado em "Amor Abortado", de Kathleen Lessa