Te vejo em mim, alma-gêmea
Esperando para sentir o teu calor,
Eu escrevo outro poema de solidão e temor,
Ouvindo músicas que odiava: bregas,
Pois hoje às entendo, sou um piegas.
Tenho no peito e na mente
Uma única mulher que me atrai,
Alguém que me torna demente,
Alguém que expulso, mas da alma não sai.
Vejo uma linha tênue
Entre a loucura e a lucidez.
Vejo abismos quase sem fim
entre o amar e o ser amado.
Ela está aqui... tão perto, eu sinto,
Tão fundo incrustada.
O que nos separa é o tempo e o espaço
Pois ainda não nos vimos, minha amada.
Mas sei exatamente como você é,
Sei do que gostas... de tudo que te excita
E espero com toda a força da minha fé,
Que também eu seja o que você necessita.
Ainda não te encontrei... Por isso choro.
Ainda não te beijei... então aos céus eu imploro:
-Apareça minha fada, livra-me do torpor
E eu mostrarei ao mundo, que nem todos os oceanos
poderão afogar nosso amor!