Te vejo em mim, alma-gêmea

Esperando para sentir o teu calor,

Eu escrevo outro poema de solidão e temor,

Ouvindo músicas que odiava: bregas,

Pois hoje às entendo, sou um piegas.

Tenho no peito e na mente

Uma única mulher que me atrai,

Alguém que me torna demente,

Alguém que expulso, mas da alma não sai.

Vejo uma linha tênue

Entre a loucura e a lucidez.

Vejo abismos quase sem fim

entre o amar e o ser amado.

Ela está aqui... tão perto, eu sinto,

Tão fundo incrustada.

O que nos separa é o tempo e o espaço

Pois ainda não nos vimos, minha amada.

Mas sei exatamente como você é,

Sei do que gostas... de tudo que te excita

E espero com toda a força da minha fé,

Que também eu seja o que você necessita.

Ainda não te encontrei... Por isso choro.

Ainda não te beijei... então aos céus eu imploro:

-Apareça minha fada, livra-me do torpor

E eu mostrarei ao mundo, que nem todos os oceanos

poderão afogar nosso amor!

DEMIAN
Enviado por DEMIAN em 18/05/2006
Código do texto: T158514