***FARRAPOS***
reintegra os fragmentos de si mesma
como restos de um mosaico inacabado
vara a vida afora sem destino certo
na estrada nua de esperas mortas...
ultrapassa as trilhas por instinto
sombreadas de pegadas imprecisas
como andarilha perdida na tristeza
serpentea caminhos tão incertos...
mendiga da vida o próprio rumo
faz da chegada novo caminho
a sussurrar ao tempo seus segredos
trancafiados em esconderijo mais secreto...
espreita a noite a lhe rondar os passos
como fera faminta a devorar seus sonhos
flagelada em farrapos de velho pano
maltrapilha a sorte dos desenganos...
Nikitita... a poetinha de Niterói