O sono do oito

Cada palavra que ouço

Me faz acreditar que a realidade

Se tornou um abismo incomensurável

Banhado pela luz de uma lua virtual

Assisto a vida incinerar meus desejos

Mas ontem algo diferente brilhou

Parecia como aquelas luas

Que eu quase podia tocar

No amanhecer de minha jornada

Registrei com carvão

Numa parede descascada pelo tempo

Coração aquecido por um sonho

Sonho de ter aquela velha ótica

De quando eu era uma criança

Toda noite irei mirar a lua

Se aparecerem nuvens carregadas

Não lamentarei

Amanhã choverá

Ricardo Villa Verde
Enviado por Ricardo Villa Verde em 12/05/2009
Reeditado em 12/05/2009
Código do texto: T1588899