O VULTO
O VULTO
Andando por ruas desertas,
Caminhando e tropeçando aqui e acolá,
Vai um vulto cambaleando sem parar;
A noite é escura e, o vulto não para de andar.
Tropeça aqui, tropeça acolá
A chuva cai, e o vulto não para de andar.
E vai andando, andando sem para;
Nos muros e calçadas, sua sombra a projetar.
Vai o vulto andando sem parar,
De quando, em quando,
Asneiras ao vento a soltar,
E,o vulto, não para de andar.
Salvador, 21/09/1993
Nelson Simas