Meu ser...

Meu ser rejeita brutalmente palavras impostas, desprovidas de verdades coloridas, factuais e desgovernadas.

Meu ser denuncia febrilmente a catástrofe nefasta de sedutoras palavras feridas e manipuladas.

Meu ser grita por desprender-me de acintosas calamidades pueris, necropiciadas em valas de pensamentos decompostos.

Meu ser devora a ânsia tamanha de partículas mínimas de sensatez, fidelidade e alteridade.

Meu ser castra qualquer tentativa de ferinas farpas impiedosas e cadavéricas a assombrar almas póstumas.

Meu ser adormece diante de dores tenebrosas, impostas por mares revoltos de noites insanas.

Meu ser ressurge na fortaleza indiferente e fria, aparentemente vitoriosa no anonimato de uma perfeição.