Presença Viva
O vento tomou conta de mim...
desalinhou meus cabelos
e, suavemente tocou minha pele.
Senti sua presença como se,
embriagasse, absorvesse
do meu corpo frágil, nú.
Desnuda de corpo e alma
inalei a esperança que ele trazia.
E tinha uma mistura afrodisíaca
cheiro de mato, rosa
ervas sendo diluídas...
ao líquido a dimanar sobre meu corpo
Até então estático, frio
não conseguia divisar nada
apenas êxtase...
O vento trouxe a chuva
vestida de cores
amarelas, azuis, verdes.
Molhou minha pele
lavou minha alma
e meus póros respiraram,
percebi, que estava limpa.
Saudei meu espírito e,
descansei por mais um dia.
Mérci Benício Louro