Sono Profundo
vim morrer ao seu lado,
A direita do teu berço,
Embalando com meu último suspiro teu belo sono.
Meus lábios exalam um ar ofegante,
O ar não penetra as narinas.
Minha pele desnuda e sem cor,
No manto dos teus braços,
Sem fôlego no teu santuário,
As velas estão refletindo,
Um corpo marimbundo,
Encoberto de estigmas.
Teu sono é profundo,
meu cadáver vela seus sonhos,
Insanos e loucos...
Como eu; minha mente tormenta,
Pura loucura; devassa e doente,
Uma alguém martirizado,
Com marcas demoníacas,
Visões assombrosas,
E bêbada de sangue...
Coração frívolo, quente,
Queimando as veias,
Estilhaçando as arteérias,
A alma suicida...
Movida ao sono dos loucos.
Ávida pelo punhal,
Este que repousa ao lado do meu sepulcro,
Em sua cama jorra,
Uma sangue intenso; vermelho,
Cor da minha dor...
Da morte; minha eterna alvorada.