Sono Profundo

vim morrer ao seu lado,

A direita do teu berço,

Embalando com meu último suspiro teu belo sono.

Meus lábios exalam um ar ofegante,

O ar não penetra as narinas.

Minha pele desnuda e sem cor,

No manto dos teus braços,

Sem fôlego no teu santuário,

As velas estão refletindo,

Um corpo marimbundo,

Encoberto de estigmas.

Teu sono é profundo,

meu cadáver vela seus sonhos,

Insanos e loucos...

Como eu; minha mente tormenta,

Pura loucura; devassa e doente,

Uma alguém martirizado,

Com marcas demoníacas,

Visões assombrosas,

E bêbada de sangue...

Coração frívolo, quente,

Queimando as veias,

Estilhaçando as arteérias,

A alma suicida...

Movida ao sono dos loucos.

Ávida pelo punhal,

Este que repousa ao lado do meu sepulcro,

Em sua cama jorra,

Uma sangue intenso; vermelho,

Cor da minha dor...

Da morte; minha eterna alvorada.

cristiane vieira
Enviado por cristiane vieira em 20/05/2006
Reeditado em 20/05/2006
Código do texto: T159288