Para sempre Outono

Para sempre Outono

Para sempre este dourado aberto na flor da Primavera.

Para sempre os teus olhos com os meus neste canto

onde a tua folha brilha, e os ventos tépidos se fazem de doces segredos.

Para sempre a tua tez d'oiro na minha face, a minha mão na tua,

no sossegar do pranto. Para sempe envelhecer com um sorriso nos lábios.

Saber sempre devagar o nosso cálido menino. Para sempre a nossa filha,

na torrente dolente do amanhecer.

Para sempre beber, como deve ser, as palavras dos poetas

que nos encontram devagar.

Constantino Mendes Alves
Enviado por Constantino Mendes Alves em 20/05/2006
Código do texto: T159327