À noite

À noite

A noite e todas as suas sombras

não são maiores que as cores e aromas

que emanam da tua falsa essência

Não encobre a terra e as gentes como a

farta treva habita e insiste em manchar

meu coração em mil pedaços vis

A noite e seu silêncio não calam

traduzem nem superam a tristeza

de viver sem saber bem o porquê

A beleza e a certeza cega vêem

como quem enxerga o tudo no vazio

e sente o nada em tudo que é vago

Certo como quem descobre o óbvio

e a noite invade meu sonho oblíquo

e a vida segue sem nenhum alívio

Adriano Dal Molin
Enviado por Adriano Dal Molin em 20/05/2006
Reeditado em 25/05/2006
Código do texto: T159709
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