A PREGUIÇA

A preguiça é mole

Um molusco inerte

É pura moleza

Passa o dia deitado

Não se mexe

Nem se move pro lado

Pois tem preguiça até

De abrir os olhos

(Para não ver a luz)

De levantar a cabeça

(Para não ver o Sol)

E de comer o prato

De feijão com arroz

(pra não lavá-lo depois)

A preguiça não anda

Se arrasta

Move-se lentamente

E dá uma longa parada

(Antes da próxima jornada)

A preguiça tomba no solo

E não se ergue tão cedo

Mesmo que sinta fome ou medo

E os dias vão passando

E as noites, minguando

Pela falta de oportunidade

E pela perda de idade

Que jamais se repete.

Nem se torna verdade.