Poesia de Bolso 29 ( De tanto amor... )

Amar é um quase

A bola na trave

A casa arrombada

De portas abertas

A esfinge zombante

De um Édipo fraco

Amar é um colírio

Num olho já cego

Narciso arrasado

Por falta de espelhos.

Amar é um isto

O dedo em riste

Às vezes um luxo

Às vezes um lixo

Amar é tão triste...

Aldo Guerra
Enviado por Aldo Guerra em 21/05/2006
Código do texto: T160413