***COMO UM COLIBRI***
Você chegou devagar
Como chegam os colibris
Nas manhãs de primavera
Sorrateiramente, entoou seu canto
E foi me dando seu encanto
Num sem querer, num contraponto...
E agora?
Como desabituar de tuas artimanhas
E seguir meu rumo, sem destino certo
Despertar sem escutar teu canto
Inebriando meus sentidos famintos
De amor, paixão e desejo...
Quem é você, homem sem rosto?
Que vem me amar todas as horas
Na letra e melodia de uma canção
Nos devaneios sensuais em descontrole
E nas juras de um amor
Que se faz quase eterno...
Vibrante como fêmea incontida
Perco-me em rodopios de alegria
Sem saber onde chegar
Por não haver partida
Tendo certezas
Nas incertezas desmedidas...
Quem é você, homem sem rosto?
Quem sou eu? O que somos?
Que serão dos nossos sonhos?
Talvez, a coragem os transformem
Na realidade mais vivida e plena
Que nenhum de nós supôs
O emaranhar de nossos destinos
Como teias de suave brilho
Conduzidos por uma estrela no infinito!
Nikitita...a poetinha de Niterói