***COMO UM COLIBRI***

Você chegou devagar

Como chegam os colibris

Nas manhãs de primavera

Sorrateiramente, entoou seu canto

E foi me dando seu encanto

Num sem querer, num contraponto...

E agora?

Como desabituar de tuas artimanhas

E seguir meu rumo, sem destino certo

Despertar sem escutar teu canto

Inebriando meus sentidos famintos

De amor, paixão e desejo...

Quem é você, homem sem rosto?

Que vem me amar todas as horas

Na letra e melodia de uma canção

Nos devaneios sensuais em descontrole

E nas juras de um amor

Que se faz quase eterno...

Vibrante como fêmea incontida

Perco-me em rodopios de alegria

Sem saber onde chegar

Por não haver partida

Tendo certezas

Nas incertezas desmedidas...

Quem é você, homem sem rosto?

Quem sou eu? O que somos?

Que serão dos nossos sonhos?

Talvez, a coragem os transformem

Na realidade mais vivida e plena

Que nenhum de nós supôs

O emaranhar de nossos destinos

Como teias de suave brilho

Conduzidos por uma estrela no infinito!

Nikitita...a poetinha de Niterói

Angela Oliveira
Enviado por Angela Oliveira em 23/05/2006
Código do texto: T161112