As Delicadas Flores de Silêncio



Ser silêncio apenas sentido,
ser flor que é bela por apenas ser.
Surgir em instante fugaz,
ser percebida para depois ocultar-se.
Fazer morada, e não estar em casa,
pois que não habita, apenas visita.
Antes é amazona recatada,
guerreira virtuosa,
virgem em seu pudor.
Qual a sua função?
Talvez só a possibilidade de existir
da alma reconheça.
É ser portal da fé dos descrentes,
porém éticos,
dos fortes que se fizeram fracos,
dos que buscaram descobertas
que julgavam encontrar
nas complexidades
mas que, embebidos de surpresa,
tiveram a revelação
da simplicidade.
Foram visitados por lágrimas,
mas estas não quiseram brotar,
pois foram vencidas
por um insignificante,
mas intenso, momento de felicidade.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 24/05/2009
Reeditado em 01/12/2019
Código do texto: T1612315
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